
Os país olhavam para o garoto que reflectia em seus olhos uma felicidade indescritível,o menino olhou para os lados , todas as outras pessoas no recinto estavam de costas para o acontecimento, somente nós observávamos esta bela e trágica cena.O garoto caminhou até nós e pediu que participáramos dos parabéns,cantei junto com a família,May minha amiga mexicana apenas batia palmas e não arriscou dar o ar de sua voz hispanoamericana a canção.A criança muito alegre oferecia pedaços do “bolo” do seu aniversário aos pais,estes que rejeitaram para que pudesse sobrar mais para o filho,também não aceitamos o pedaço,o menino devorou o bolo em questão de segundos.Pegamos uns restos de trocados que tínhamos em nossos bolsos, não dava para muita coisa,olhamos no bar, a parte da doceria, esta que se confundia com bebidas alcoólicas e comidas de aparências desagradáveis,achamos um tipo de ursinho de plástico que vinha com balas coloridas em seu colo, damos este de regalo para a criança que abraçou a May que a esta altura estava com os olhos cheios d'água. Despedimos da família que muito nos agradeceu por partilhar junto com eles daquele grande momento.Caminhamos novamente até o balcão para pagarmos a nossa conta, o balconista , calculou,cobrou e nos deu algumas moedas de troco automaticamente, virou-se de costas,pegou um café e levou para uma mesa que estava um pouco distante de nós.Caminhamos para fora do estabelecimento,passamos pelas mesas,na qual estavam as pessoas que não apreciavam aquele ocorrido, o balconista servia-os automaticamente , sem mirar em seus rostos, saímos do estabelecimento sem falarmos um com o outro, no caminho trocamos apenas alguns olhares,estes que diziam mais que palavras, abrimos o portão e adentramos a escada que dava para a república.
Baseado em uma crônica lida a tempo , se não me engano do Walcir Carrasco.
Modesto,
ResponderExcluirDevo dizer que fiquei emocionada com a estória.
Acho que olhares, em momento como esse, tanto o do menino pra vcs, quanto aquele olhar cúmplice entre vcs dois no caminho pra república, são muito mais importantes e significantes do que qualquer palavra, qualquer comentário.
Que sentimento bom o de ler o seu texto!
Parabéns pela escrita e pela atitude. =]
beijo, Simoni.